PROFESSOR DE SÓCRATES JULGADO
O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa decidiu pronunciar António Morais, professor que leccionou quatro cadeiras ao primeiro-ministro na Universidade Independente e ex-assessor de Armando Vara, pelos crimes de corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais, noticiou o jornal ‘Público’. A eventual influência de José Sócrates, à época secretário de Estado do Ambiente, no processo de condução da adjudicação mereceu o arquivamento do tribunal.
A ex-mulher de Morais responde pelos mesmos crimes, enquanto o empresário Horácio Luís Carvalho será julgado por corrupção activa e branqueamento de capitais.
Em causa está a decisão da Associação de Município da Cova da Beira, que adjudicou, em 1997, a construção e exploração de um aterro sanitário ao consórcio HLC/Conegil, duas empresas detidas por Horácio Luís Carvalho, e que, numa segunda fase, contratou a firma ASM, cujos sócios e gerentes eram António Morais e a mulher, para assessorar o processo de concurso público. Segundo o despacho instrutório, no plano traçado, Morais e a mulher agiram concertadamente para beneficiar a HLC/Conegil, prejudicando os restantes candidatos.
Na prática, os relatórios produzidos pela empresa de António Morais motivaram a adjudicação indevida ao consórcio de Horácio Luís Carvalho quando, na realidade, a proposta nem devia ter sido aceite. 'O agrupamento liderado pela sociedade HLC não só devia ter sido excluído logo na fase de análise curricular como não foi o que apresentou a melhor propostaglobal, pelo que não deveria ter sido o graduado em primeiro lugar', lê-se no despacho a que o CM teve acesso. O consórcio liderado pela Soares da Costa apresentava a melhor proposta.
O despacho do TIC mostra ainda que, como contrapartida, António Morais e a mulher receberam 58 154 euros, transferidos em quatro tranches para uma conta nas ilhas Guernesey. 'Os arguidos António Morais, Ana Simões e Horácio Carvalho, conhecedores de que as quantias supradescritas eram produto da actividade criminosa que empreenderam, acordaram no pagamento das mesmas, de forma faseada e prolongada no tempo, através de contas sediadas em paraísos fiscais e por meio de empresas igualmente sediadas nessas praças, com o propósito, conseguido, de introduzir tais quantias em circulação, ocultando, contudo, e daquela forma, a sua proveniência ilícita.'
1 comment:
Amigo Michael,
Ainda se diz que este pais é um pais de brandos costumes ! è a imagem desta terra de corruptos ,vigaristas ladrões,criminosos ,e nós a trabalharmos para esta gente toda .
Eu sei como resolvia isto mas.....
penso que compreendes.
Um abraço
Joy
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